ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA
PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 09-12-2013.
Aos nove dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dr.
Thiago, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony,
Lourdes Sprenger, Paulo Brum e Professor Garcia. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Delegado Cleiton,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, João Derly, Luiza Neves, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho
Motorista, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 383/13 (Processo nº 3415/13), de autoria do
vereador Professor Garcia. Também, foram apregoados os Ofícios nos
1470, 1472, 1480, 1481, 1482, 1483, 1484 e 1485/13, do senhor Prefeito,
encaminhando, respectivamente, os Projetos de Lei do Executivo nos
049, 050, 051, 052, 053, 054 e 055/13 e o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 020/13 (Processos nos 3391, 3400, 3420, 3421, 3422,
3423, 3424 e 3425/13, respectivamente). Após, foi apregoado Requerimento de
autoria do vereador Waldir Canal (Processo nº 3214/13), deferido pelo senhor
Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, do dia de amanhã ao dia treze de dezembro do corrente, no Fórum
Mundial de Direitos Humanos, em Brasília – DF. Durante a Sessão, deixaram de
ser votadas as Atas da Nonagésima, Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda,
Nonagésima Terceira, Nonagésima Quarta, Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta,
Nonagésima Sétima, Nonagésima Oitava, Nonagésima Nona, Centésima e Centésima
Primeira Sessões Ordinárias e da Décima Terceira e Décima Quarta Sessões
Extraordinárias. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciou-se o vereador Reginaldo
Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto,
Tarciso Flecha Negra, Mario Fraga, Mônica Leal, Alberto Kopittke, Idenir
Cecchim e Bernardino Vendruscolo. A seguir, por solicitação dos vereadores
Tarciso Flecha Negra e Delegado Cleiton, foi efetuado um minuto de silêncio em
homenagem póstuma aos senhores Nelson Mandela, falecido no dia cinco de
dezembro do corrente, e Marcos Kaefer, falecido no dia de ontem. Às quinze
horas e vinte e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal formulado
pelo vereador Alberto Kopittke, solicitando a retirada do Projeto de Lei do
Legislativo nº 142/13 (Processo nº 1486/13) da matéria priorizada para a Ordem
do Dia da presente Sessão. Ainda, foi aprovado Requerimento verbal formulado
pelo vereador Cassio Trogildo, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria priorizada para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 014/13
(Processo nº 2821/13). Também, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo
vereador Pedro Ruas, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
priorizada para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 129/13 (Processo nº 2113/13). Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 153/11
(Processo nº 3188/11), considerando-se prejudicado o Projeto original. Após,
foi apregoada a Emenda nº 06, de autoria do vereador Airto Ferronato, Líder da
Bancada do PSB, ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 112/12 (Processo nº 1472/12) e foi aprovado Requerimento de Sua Senhoria,
solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões
Permanentes. Ainda, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador
Dr. Thiago, solicitando votação conjunta das Emendas nos 01 a 06
apostas ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 112/12. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 112/12 (Processo nº 1472/12), após ser encaminhado à
votação pelos vereadores Airto Ferronato, Engº Comassetto e Pedro Ruas. Foram
votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 02, 03, 04, 05
e 06 ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 112/12.
Foi aprovado o Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº
112/12, considerando-se prejudicado o Projeto original. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/13 (Processo nº
2159/13), após ser discutido pelos vereadores Engº Comassetto e Professor
Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 011/13 (Processo nº 2568/13), após ser discutido
pelas vereadoras Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon e pelo vereador Reginaldo
Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Executivo nº 034/13 (Processo nº 2794/13), após ser discutido pela vereadora
Sofia Cavedon. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 034/13. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 034/13. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 035/13
(Processo nº 2815/13). Às dezesseis horas e vinte e quatro minutos, o senhor
Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se
os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha e Idenir Cecchim. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 343/13, o Projeto de Resolução nº 052/13; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 349, 362 e 363/13, o Projeto de Lei do Executivo
nº 048/13, este discutido pela vereadora Sofia Cavedon, o Projeto de Resolução
nº 053/13. Após, foram registrados os aniversários, no dia de hoje, do senhor
Lauro Balle, e, no dia de ontem, do senhor Elson Sempe Pedroso. Durante a
Sessão, os vereadores Tarciso Flecha Negra, João Carlos Nedel, Mario Fraga,
Delegado Cleiton, Pedro Ruas, Airto Ferronato e Reginaldo Pujol manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e cinquenta minutos, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária da
próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador
João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero, desde já, convidar todos os colegas
Vereadores e Vereadoras para o nosso I Fórum de Planejamento Familiar, que vai
se realizar amanhã, a partir das 9h30min, com ampla divulgação e participação
do Ministério Público, OAB, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, ONGs,
hospitais públicos e privados.
Passamos ao
O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra em Grande Expediente.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, dizem que a pressa é inimiga da
perfeição. Na pressa de vir à tribuna, eu não consegui digitar o meu nome no
placar da Câmara. Peço que seja feito o registro; quem está falando é realmente
o Ver. Reginaldo Pujol, que, ao falar neste Grande Expediente, consigna que,
por paradoxal que pareça, esta deve ser a primeira oportunidade, nesta
Legislatura, que utiliza este espaço. Quero confessar lisamente que eu havia
imaginado uma situação diferente quando dessa oportunidade. Eu queria, na
ocasião, expressar uma homenagem à família Bonow, cujo genitor, Germano Bonow
Filho, faria, este ano, cem anos de existência. Não obstante essa minha
disposição já anunciada, um fato ocorreu com a família Bonow, que foi o
falecimento do Fernando, o último dos filhos de Germano Bonow Filho, o que faz
com que aquele fato não se registre no dia de hoje. Quero deixar bem claro que
o centenário que se festejaria não é do Germano Mostardeiro Bonow, ex-Deputado
Estadual no Rio Grande do Sul, e sim de seu genitor, Germano Bonow Filho,
prócer político do Partido Socialista Brasileiro, a quem prestou um grande
serviço. Inclusive, em várias ocasiões, constituiu a nominata de candidatos a
Vereador.
Isso coincidiu com o fato que, nos últimos dias da
semana passada, uma mistura da minha bronquite crônica com a minha rinite
alérgica e com o meu dna, isto é, com a data de nascimento adiantada, me
colocou, Ver. Nedel, nesse final de semana, fora de circulação. Não pude ir a
nenhum dos compromissos que havia assentado em virtude desses problemas de
ordem física, próprios, Ver. Paulo Brum, de pessoas da minha idade.
Isso, de certa forma, me ofereceu uma compensação.
Privado do contato pessoal com amigos, com festas que estavam programadas, eu
acabei convivendo mais intensamente com as notícias, com os jornais, com os
periódicos, com as revistas, com as informações e vi reavivada uma situação que
já me trouxe à tribuna mais de uma vez e que agora, se me afigura, atingiu
situações catastróficas. Todos sabem a minha posição liberal e que eu não sou um
estatista por vocação nem por concepção, mas que sou um realista dos fatos.
Aliás, acompanho, nesse particular, o melhor dos liberais que eu conheço, que é
o ex-Vice-Presidente Marco Maciel, que, há alguns anos, quando falavam que o
Governo Fernando Henrique cogitava privatizar a Petrobras, deu uma opinião que
se tornou célebre: “A Petrobras não vai ser privatizada. Mesmo que alguém
quiser, faltará recurso no mercado internacional para adquirir a Petrobras pelo
valor que ela tem”. A Petrobras não era só um símbolo nacional, era, na
ocasião, bem administrada, uma das mais pujantes entidades da economia
internacional. Não foi por outra razão que a Petrobras, quando abriu o seu
capital, teve demandas extraordinárias, com as suas ações atingindo valores expressivos
e arrastando consigo a expectativa dos investidores internacionais e
brasileiros, especialmente dos trabalhadores nacionais, que, com recursos dos
seus respectivos Fundos de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS, foram
autorizados por lei, já no Governo Lula, a investirem seus valores como
acionistas da Petrobras, que, até então, remunerava seus acionistas com valores
consideráveis. Pois essa empresa, que já foi das mais sólidas do mercado
internacional, hoje vive situação altamente dramática com um verdadeiro degelo
do seu prestígio econômico e do seu patrimônio, que, só neste ano, já viu
arrastado em cerca de 20% e, nos últimos períodos, teve seu valor, o seu fundo
comercial, o seu fundo empresarial, o conjunto de suas ações depreciado entre
40% e 50%. E essa depreciação ocorreu com vários investidores, que, inclusive,
fugiram da Petrobras. E o que é mais grave: com centenas de milhares de
brasileiros que, crendo no símbolo da pujança brasileira que foi a Petrobras,
nela acreditaram e colocaram as suas poupanças para as ver serem dilapidadas,
se evaporarem, perderem mais da metade do seu valor, até mesmo o seu valor de
aplicação, sem falar na rentabilidade que já haviam alcançado no passado.
Por isso, Sr. Presidente, eu falo hoje em Grande
Expediente a respeito desse degelo, desse verdadeiro fracasso de uma política
econômica mal dirigida. A Petrobras
só se encontra nessa situação porque aqueles que, no passado, a defendiam sob o
temor de uma privatização que nunca se cogitou, acabaram por destruí-la nos
seus fundamentos econômicos, usando-a para outros objetivos que não aquele para
o qual ela foi constituída, que era o de estabelecer a verdadeira soberania
nacional com a administração do nosso potencial petrolífero e com o monopólio
na distribuição e no refino do petróleo neste país.
Agora mesmo, Sr. Presidente, nós temos um grande
exemplo. Na última sexta-feira, mercê de mais um lamentável equívoco da
política financeira nacional – uma intromissão do Ministério da Fazenda na
regulação dos preços dos combustíveis de petróleo, que vem retardando há meses,
há mais de ano, a sua articulação com o mercado externo, visto que o dólar
deslanchou, se recuperou, chegando aos valores que hoje chegou, e o mercado
internacional é marcado pelo domínio do dólar e do euro, quando isso ocorre
para segurar falsamente a política econômica e impedir que exploda a inflação
mais do que já explodiu, ainda que negado pelos órgãos oficiais do Governo,
contiveram artificialmente o preço dos derivados do petróleo, fazendo com que a
defasagem de seu preço, suportada às custas da combalida Petrobras, atingisse
valores hoje extremamente inexpressivos, muito superiores àqueles que foram
reajustados na semana passada para os consumidores nacionais. Agora, coloca-se
o País em um verdadeiro embretamento. Vejam só os senhores que, há bem pouco
tempo, o noticiário brasileiro colocou a informação, que nem todos se
aperceberam, de que as plataformas submarinas que estão sendo construídas aqui
no polo naval de Rio Grande e que foram contratadas pela Petrobras, pasmem os
senhores, passam por uma maquiagem. A Petrobras cria uma subsidiária no Panamá,
cria outra subsidiária na Holanda. Então, o pagamento contrata débitos no
exterior com juros pesados para pagar com moeda estrangeira e aí fatura o custo
da construção dessa plataforma que sai aqui do polo naval de Rio Grande; fatura
isso pelo mercado externo, como se exportado fosse, e essas plataformas saem
daqui e não passam no porto do Rio de Janeiro, no porto de Santos, e retornam
para cumprir a sua vocação exploratória no mercado de petróleo. Tudo uma
fantasia! Tudo uma maquiagem que o povo brasileiro não percebe, mas que, na
raiz de tudo isso e na consequência de tudo isso, desse descontrole, desse
desmantelamento das melhores empresas brasileiras, há esse risco presente
cotidianamente do retorno da espiral inflacionária que bate à nossa porta
assustadoramente.
Ainda agora, junto com um assessor meu, voltamos a
fazer uma refeição em um lugar que costumamos frequentar há cerca de cinco
anos, um lugar em que a refeição era, no final do ano que passou, R$ 9,90, que
há pouco tempo era R$ 11,50 e que hoje se pagou R$ 12,50. Essa é a realidade da
comida, do alimento nacional, da base do processo deflacionário ou
inflacionário e que está atingindo esses reajustes que eu estou a anunciar e
que são plenamente comprovados por todos os brasileiros em geral.
Hoje, Sr. Presidente, com todas essas situações,
nós vemos, por exemplo, que os derivados de petróleo tiveram, nos últimos anos,
uma majoração superior a 200% do processo inflacionário. Isso que eles foram
sopesados, realidade dura do nosso País, que eu, tristemente, retrato nesta
derradeira oportunidade que disponho neste ano legislativo, Ver. Airto
Ferronato, ao final do ano de 2013, um ano de grandes frustrações, inclusive
com a depauperação plena do municipalismo. Todos os Municípios, hoje,
encontram-se em crise. E aqui, em Porto Alegre, inclusive, tem-se
frequentemente críticas ao governo do Município pela obras, Sr. Presidente,
inacabadas, paralisadas, sem olhar-se as razões por que esse fato está
ocorrendo. Esse é um fato nacional.
A economia brasileira está desarticulada, e, mesmo
que isso não ocorresse, seria muita ousadia se criticar um governo por ter
obras iniciadas e inacabadas. Críticas caberiam àqueles que não iniciaram as
obras que o governo iniciou agora e que, por não serem alimentados os recursos
comprometidos pelo Governo Federal, não leva a término como era o desejo
natural de assim fazê-lo, mas que o fará ao longo do próximo ano, com muita
probabilidade.
Por isso, Presidente, ao concluir o meu pronunciamento, quero dizer a todos os meus colegas de legislatura que eu gostaria de falar em um ano mais azul do que foi o ano que está se terminando, que de azul só teve o Vice-Campeonato Brasileiro do Grêmio, porque, do resto, nós estamos, ou no amarelo do cuidado, ou no vermelho do prejuízo e, nesse vermelho do prejuízo, nós incluímos aquela que foi uma das maiores potências da economia nacional e internacional: a Petróleo Brasileira Sociedade Anônima, símbolo do patriotismo exacerbado de muitos, mas razão de ser de oportunidades para outros tantos, e, finalmente, a expectativa que todos aqueles que não sendo ideologicamente comprometidos com o radicalismo, sempre acreditaram que a Petrobras era a verdadeira imagem brasileira. Depois que a Varig quebrou, depois que as nossas principais empresas internacionais sucumbiram, só restava a Petrobras, e esta, infelizmente, está indo embora. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Pujol.
Quero saudar, aqui, a presença da Associação dos
Artesãos da Feira do Bom Fim, que se encontram aqui, porque nos foi solicitada
uma agenda pelas Vereadoras Jussara Cony e Fernanda Melchionna. Solicito que se
dirijam ao Salão Nobre, porque iremos recebê-los agora, para encaminharmos
alguma situação para a questão que vocês nos trazem.
Solicito ao Ver. Bernardino que assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, público das galerias e
da TVCâmara, venho a esta tribuna, em nome da minha Bancada, do Partido dos
Trabalhadores, e quero registrar que iniciamos este ano de 2013, que estamos
findando, dando um voto de confiança ao Governo Fortunati, quando votamos um
conjunto de projetos para realinhar a cidade de Porto Alegre. E nós estamos finalizando
o ano sem que esses projetos, essas orientações se coloquem em evidência com a
força necessária. Não é de hoje que nós temos vindo a esta tribuna – o Ver.
Reginaldo Pujol, que me antecedeu, trouxe o tema – e temos afirmado, primeiro,
que a cidade de Porto Alegre é uma das cidades que mais recebem recursos, hoje,
do Governo Federal. Nós temos 5,4 bilhões em recursos destinados a Porto Alegre
para executar as obras e fazer as correções necessárias nas políticas
municipais; mas elas não se implementam, elas têm dificuldades, e a sua
dificuldade está na origem política.
O Prefeito mandou um projeto a esta Casa para fazer uma reestruturação administrativa e criou um conjunto muito grande de cargos em comissão. E, aqui, eu quero fazer um outro registro: em 2004, quando saímos do governo, deixamos a Prefeitura de Porto Alegre com 424 CCs, e, hoje, são mais de mil CCs. Agora, o que melhorou na gestão? É essa a resposta de que a população necessita. Aprovamos aqui um projeto para ser feita a criação de novas Secretarias. Agora, essas novas Secretarias efetivaram o seu trabalho na Cidade? A Cidade continua suja – temos mais de 250 focos de lixo espalhados pela Cidade –, e nós temos cobrado incessantemente isso. Quanto à parte da hidrologia, a Cidade está toda com a sua canalização entupida, e, a cada chuva, há um alagamento. Cobramos que a Defesa Civil tenha um programa de emergência, porque hoje já se sabe, com sete dias de antecedência, quando vai haver uma chuva intensa, uma chuva de granizo ou ventos fortes. E eu disse, num outro momento, inclusive no debate que fizemos, Sr. Presidente, que até Noé soube que ia haver um dilúvio e construiu a Arca de Noé para salvar as espécies da humanidade. E a Prefeitura de Porto Alegre, mais precisamente o DEP e a Defesa Civil, não sabem quando vai chover e deixam alagar a Cidade. Está previsto para hoje que venha, ao final da tarde, uma chuva intensa. Agora, eu pergunto aos senhores e senhoras: houve, por parte da Gestão Pública, uma orientação, um alerta, para podermos trabalhar esse tema com antecedência? Não, não existe.
Então, eu trago todo esse debate aqui para dizer
que estamos terminando 2013 sem a qualificação de Gestão na Prefeitura
Municipal de Porto Alegre. Os projetos, para serem aprovados, prezado
Ferronato, continuam levando dois anos, três anos para serem aprovados nas
Secretarias, na SMURB, com a falta de integração entre o Urbanismo, o Meio
Ambiente, a SMOV, o DEP, o DMAE e assim por diante. Então, eu registro esse
tema aqui porque nós precisamos, Ver. Tarciso, fazer um balanço da Gestão. O
Prefeito Fortunati, junto com a base, que é a maioria aqui desta Casa,
precisamos dizer por que o Orçamento é tão pouco aplicado e as obras estão
paralisadas na Cidade. Não é por falta do recurso, e, sim, por falta de Gestão,
de qualificar, e que a Gestão aconteça conforme a Cidade precisa. É
Planejamento e Gestão. Para um bom trabalho, precisamos, no mínimo, de duas
orientações: conteúdo e organização. E isso está faltando, muito, na atual
Gestão, Sr. Presidente.
Aqui concluo a minha fala deixando aqui a todos os
colegas Vereadoras e Vereadores que nós venhamos a discutir, a debater e a
orientar o Prefeito Municipal para que faça as correções necessárias na Gestão
Pública de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras e todos que nos
assistem, eu ia pedir um aparte para solicitar um minuto de silêncio para uma
liderança mundial não só a liderança da raça negra, mas uma liderança que lutou
pela paz, pelo amor, pelo mundo, que foi Nelson Mandela. E gostaria, depois da
minha fala, que se fizesse um minuto de silêncio por esse grande mestre que
deixou muita coisa na nossa terra. Quando Nelson Mandela morreu, eu fiquei
pensando: o que leva Nelson Mandela, Pedro Ruas? O que deixa Nelson Mandela de
ensinamento para nós? Eu aprendi, durante esses 60 anos de existência... Aos 15
anos, comecei a ler, a entender Nelson Mandela, essa grande liderança. Ele
deixou para mim – e acho que para todos nós – que o amor vence o ódio, que a
paz vence a guerra. Esse foi o ensinamento de Nelson Mandela e é esse ensinamento
que procuro sempre praticar na minha vida. Na última quinta-feira, o mundo
perdeu Nelson Mandela, esse grande líder que lutou contra o Apartheid.
Certamente foi isso que o fez tão conhecido. Eu tenho Nelson Mandela como um
exemplo de vida, porque ficar mais de 20 anos... Eu pensei: quando Nelson
Mandela sair, vai haver vingança, ódio no coração, mas foi o contrário, Nelson
Mandela entrou com uma rosa e saiu com dez na mão e lutou pela paz mundial,
lutou para que nós, irmãos, na Terra, sejamos iguais. Que coisa linda o coração
desse grande líder Nelson Mandela! Ele foi judiado durante anos e anos e saiu
com amor, bondade e paz no coração. Esse é o grande líder, e não só dos negros,
mas um líder do mundo que mostrou que é possível, com amor e bondade, termos um
mundo melhor para nossos filhos e netos.
Que sejamos todos iguais na face da Terra. Que
possamos ter um mundo com muita paz e amor. Por isso, Nelson Mandela, tu foste
esse grande homem, esse grande líder, esse grande mestre, não só para o
continente africano, mas para todo o mundo. Eu aprendi muito vendo teus filmes,
lendo o teu livro, viajando, estive na África e sei quem foi Nelson Mandela.
Ele levou amor e paz no coração. Não levou ódio, só bondade. Nelson Mandela, vá
em paz, e que Deus te acolha por tudo aquilo que tu fizeste, que foi o que
Jesus pregou: amor e paz. Eu não vou esquecer nunca na minha vida: só se vence
o ódio e a inveja com o amor e é a bondade. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo
falecimento de Nelson Mandela, essa liderança mundial.
O SR. DELEGADO
CLEITON (Requerimento): Sr.
Presidente, também solicito um minuto de silêncio pelo falecimento de Nelson
Mandela e pelo falecimento do policial Marcos Kaefer, de 43 anos, que foi
morto, nesse fim de semana, a trabalho. O policial Marquinhos, do DEIC, era um
policial muito ativo, um grande policial que foi morto nesse final de semana em
Alvorada, mais um.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Deferimos os pedidos.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara e público nas galerias, em
especial os conselheiros tutelares
que estão novamente conosco aqui – pois projeto dos Conselhos está na
priorização do dia, e, se Deus quiser, acontecerá hoje ainda –, queria
agradecer também à Ver.ª Luiza Neves, que, na forma de rodízio da Bancada do
PDT, cedeu-me este tempo de cinco minutos para falar em Liderança. A nossa
Bancada, composta pelos Vereadores Delegado Cleiton, Luiza Neves, Nereu
D’Avila, Márcio Bins Ely, Dr. Thiago, e estabeleceu que, cada dia, um fala, e
hoje a Ver.ª Luiza Neves me concedeu este tempo. Também quero dar os parabéns
ao Ver. Tarciso, que trouxe à tribuna, neste primeiro momento da tarde, a perda
do Mandela. Há uma frase de Mandela – até para os conselheiros tutelares que
estão aqui hoje – que diz que tudo é impossível até que aconteça; e hoje é o
caso de vocês. Tudo é impossível até que aconteça, não é, Ver. Tarciso? Então,
o Mandela já disse isso há muito tempo, e hoje aqui é uma realidade, Dudu, que
é o nosso conselheiro da Restinga, aquela comunidade que tanto precisa de vocês
lá, Eduardo Vilar, que faz um excelente trabalho lá, e todos os outros. Mas o
Mandela, nessa referência que o Tarciso Fecha Negra traz dele aqui, com 95
anos, trabalhou sempre pela sua comunidade, pelo seu país. E não era o meu
discurso, mas agora, Ver. Tarciso Fecha Negra, V. Exa. me dá uma ideia do
Mandela, que – e eu não sou um grande estudioso, quem me conhece sabe, Ver.
Nereu D’Avila, e V. Exa. com certeza sabe mais – chegou a um certo momento em
que disse: “Não, agora, dessa vez, eu não vou concorrer mais; vou deixar esse
outro – que era o Vice dele – concorrer, para poder ajudar mais o nosso país”.
E abriu mão de uma eleição que era 100% dele. Ele abriu mão para botar outra
pessoa no seu lugar para trabalhar pela África do Sul, em especial pela causa
do Apartheid. Não é muito a minha área, mas eu agradeço, então, Ver. Tarciso
Fecha Negra, que me deu essa deixa para eu falar sobre o Mandela, que é uma
pessoa que jamais o mundo vai esquecer.
Também faço uma referência aqui, Ver.ª Luiza Neves,
ao gabinete – o Prefeito vai às comunidades. Todos sabem aqui, meu amigo Tonico
Alvarez, que, quando o Prefeito vai, melhora bastante para a comunidade. Então,
nessa semana que passou, depois que o Vice-Prefeito Sebastião Melo esteve na
nossa comunidade, junto com o Prefeito, as obras, nessa semana que passou até o
fim de semana, Ver.ª Luiza Neves, aconteceram. Aconteceram muitas coisas na
nossa comunidade, lá no Extremo-Sul. Nós não somos da Zona Sul, nós somos do
Extremo-Sul. Então, dou os parabéns para o Vereador Vice-Prefeito, que é o
Sebastião Melo, que toca o gabinete na Prefeitura.
Por fim, quero dizer que nesse fim de semana também, no próximo sábado, estaremos na Restinga, com o Prefeito José Fortunati, com o Vice, Sebastião Melo e com toda essa equipe – quase todo o Secretariado tem acompanhado junto, pois é um fato muito importante para a Prefeitura, mas, em especial, para as comunidades que o Secretariado esteja lá, junto com os Centro Administrativos Regionais, em especial esse da Restinga hoje. Então, no sábado, dia 14, estaremos lá com o Prefeito e todo o seu Secretariado. Por fim, Ver. Nereu D’Avila e Ver.ª Luiza Neves, que me escutam, quero falar da nossa convenção, Ver. Nereu D’Avila. Fazia muito tempo; para quem não esteve lá, quem não assistiu, nós conseguimos colocar quase duas mil pessoas. Eram 800, quase 900 pessoas sentadas, a área toda da Assembleia na frente lotada. O PDT, nesse momento, um momento que não é político, consegue trazer, de todo o Estado, duas mil pessoas para votarem na convenção. A metade votava, a outra metade acompanhava os seus Prefeitos, os seus Vice-Prefeitos, os seus Vereadores. O PDT estava bem representado nesse último sábado e, para a nossa felicidade, em especial a do Ver. Mario Fraga, o Deputado Federal Vieira da Cunha teve êxito total na sua convenção, ganhou as duas batalhas que tivemos, as duas convenções. Primeiro, por candidatura própria, e, quando a oposição pediu voto secreto, nós, para não melar a convenção, o aceitamos – coisa que, para nós, hoje em dia, já não dá mais para pensar nisso, Ver. Nereu D’Avila, em voto secreto. Nós aceitamos para não melar a convenção, e eles perderam na primeira parte. E veio a segunda parte, quando o Vieira da Cunha disputou a pré-candidatura ao Governo do Estado contra o nosso companheiro Aldo Pinto, e aí sim foi uma lavagem geral: 600 votos contra 100 votos. Então, aí ficou escrito o que o PDT queria; o PDT, Ver. Bernardino Vendruscolo. Estamos conversando com o Ver. Bernardino Vendruscolo porque vamos precisar, sim, de muitos partidos na nossa coligação para que o Deputado Vieira da Cunha tenha um tempo para apresentar o nosso projeto. Se é que precisa apresentar, Ver.ª Luiza Neves, o nosso projeto é Educação, é a escola de tempo integral! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, pessoas que nos assistem por meio da TVCâmara, Ver. Mario, Bancada
do PDT, eu subo na tribuna para cumprimentá-los, para dar os parabéns pela
vitória, pelo êxito alcançado pelo Deputado Vieira da Cunha como pré-candidato
ao Governo do Estado. Mas também venho aqui para compartilhar de um sentimento
de tristeza ao ler os jornais e ver as declarações de duas pessoas que eu quero
um bem enorme: o Deputado Vieira da Cunha e o meu colega Lasier Martins,
pré-candidato ao Senado. Eu confesso que não consigo entender o porquê dessas
agressões no Jornal do Comércio quando eu me deparo com esta matéria (Lê.):
“Discursando já na condição de pré-candidato, Vieira disse que 2014 vai ser um
ano especial, pois serão completados 50 anos do golpe militar que tirou o
presidente trabalhista João Goulart, o Jango, do poder. ‘Enquanto a nossa
adversária vai se esconder embaixo da mesa, envergonhada, porque ela é do PP,
que veio da Arena, que sustentou a ditadura, nós vamos reafirmar os ideais
trabalhistas’.” declarou, referindo-se à Senadora Ana Amélia Lemos, provável
candidata ao Governo, do PP”.
Por outro lado, Lasier Martins, colega, amigo,
querido, declara (Lê.): “Os adversários são respeitáveis, mas o Partido que
está ponteando as pesquisas é um Partido identificado com a Arena, um Partido
que apoiou a ditadura militar, que prendeu, torturou, matou os trabalhistas”.
Ora, senhores, como mulher, dois pesos e duas
medidas me incomodam muito. Quero dizer que o PP é um Partido que serve para
ser base de sustentação, base de Governo, fiel da balança na cidade de Porto
Alegre; temos excelentes Secretários, gestores, uma Bancada progressista
composta por três Vereadores, que são dedicados a este Governo.
Eu não poderia deixar de, nesta tarde, compartilhar
esta surpresa, esta tristeza, ao ler estas matérias, estas declarações em todos
os blogs, na maioria deles, em muitos
jornais, porque o meu Partido é o Partido Progressista, do qual eu tenho imenso
orgulho, sim. Viemos da Arena, fizemos história no Brasil, somos um Partido
sério, somos pessoas sérias, trabalhamos muito, somos fiéis, leais a uma causa,
estamos no Governo Fortunati, com muito orgulho.
Eu queria fazer este registro aqui, que é com
imensa tristeza que eu registro a minha surpresa ao abrir os jornais de hoje e
me deparar com a declaração do pré-candidato ao Governo do Estado, uma pessoa a
quem eu quero um bem enorme, Vieira da Cunha e também a do meu colega Lasier
Martins. É muito difícil para mim administrar essa questão de dois pesos e duas
medidas. Quer dizer que em Porto Alegre o PP é bom e ele serve; já no Estado, o
PP não é bom e não serve, é um Partido que não é confiável. Desculpem-me o
desabafo, mas era necessário fazê-lo, hoje, aqui. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, muito boa-tarde a todos e a todas. Quero desejar uma
ótima semana de trabalho para a nossa Casa, a todos os funcionários. Ver.
Bernardino Vendruscolo, que preside a nossa Sessão, quero agradecer, aqui, aos
colegas da oposição, do PT, do PSOL e do PCdoB pela disponibilização deste
tempo. Eu venho, caro Ver. Pedro Ruas, tomar a liberdade, aqui, apesar do nome
deste momento ser de oposição, de começar abordando um tema que vai muito além
das fronteiras de Porto Alegre, não diz respeito apenas a uma perspectiva de
oposição a um Governo Municipal, mas diz respeito à identidade política e
ideológica daqueles que militam na esquerda, àqueles que assumem, efetivamente,
a bandeira do socialismo na suas mais diversas vertentes ao longo da história
recente da humanidade.
Nesse sentido, a homenagem ao
ex-Presidente Mandela ou Madiba, como gostaria e acho que ele preferia ser
chamado, porque Nelson, Ver. Delegado Cleiton, era o seu nome ocidental, que
ele usou para ingressar na faculdade da Inglaterra, mas o nome que o povo
sul-africano, que os negros o chamavam era Madiba, que era o seu nome de
guerreiro, da sua tribo. Eu acho importante fazer um registro, apesar de ser
chavão, ao longo desta semana ocorrerão milhares de homenagens, mas depois que
eu vi a própria revista Veja estampando a face dele na capa, eu acho que nós
temos que refletir qual Mandela. Porque me parece, Ver. Tarciso Flecha Negra,
aguerrido lutador, de fato, que estão tentando pintar um Mandela pacífico, um
cordeirinho, quase um leão domesticado, quase um Papai Noel negro, um bom
velhinho, que a ninguém assusta e que todos amam, e não é essa a história do
Mandela. Mandela foi um terrorista – como muitos aqui gostaria de dizer e já
devem ter dito muitas vezes –, porque Mandela pegou em armas contra o
Apartheid. Mandela mobilizou, organizou o povo negro sul-africano, estando, inclusive,
várias vezes, em Cuba, sendo treinado como alguns têm pavor de assumir, e assim
ele organizou o seu partido político, assim ele organizou a Flecha da Nação; o
nome, aliás, Ver. Flecha, da organização paramilitar que ele constituiu para
enfrentar o Apartheid, e, 27 anos depois, quando ele saiu da prisão, os
brancos, os africânderes, tiveram que sentar à mesa com ele não por
benevolência, mas porque a maioria do povo tinha se organizado e restava a eles
decidir se haveria guerra civil ou se seria pela democracia, porque o povo
negro não iria mais aceitar as condições do Apartheid. Este é o Mandela que nós
queremos lembrar, o Mandela da luta, o Mandela da resistência, inclusive
armada, contra o regime do Apartheid, regime que matou milhares de lutadores
populares, milhares de negros que foram às ruas. Este é o Mandela que nós
queremos lembrar, não é o mesmo Mandela da Revista Veja, Ver. Pedro Ruas. Não é
o mesmo Mandela que aparece agora nos canais de televisão. O nosso Mandela é da
luta, é o Mandela que teve coragem de enfrentar o regime, teve coragem de
questionar a sociedade ocidental branca e racista que nós temos hoje. Esta é a
verdadeira homenagem que nós queremos fazer. E ela não se dá só hoje, a
homenagem que nós fazemos ao Madiba se dá no quotidiano das lutas aqui da nossa
Cidade, aqui no nosso Estado, aqui no nosso País. Para nós, Mandela não é
somente uma figura para dar IBOPE, para dar prestígio de encher a boca e falar;
para nós, ele é inspiração de luta real porque muitos o homenageiam, mas, no
mesmo dia, estarão contra os movimentos sociais e os movimentos populares que
tanto lutam aqui na nossa terra por justiça e por igualdade.
Então quero
deixar este registro em nome da oposição, do PT, do PSOL, e do PcdoB, porque
Madiba, o Mandela da luta, este vai continuar vivendo no coração daqueles que
jamais sairão da rua lutando por liberdade, lutando por igualdade e jamais –
jamais –aceitando nenhuma forma de preconceito. Muito obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
(O Ver. Dr.
Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, todo mundo pode ir a Cuba, todo mundo poderia conversar
com presidente Fidel Castro. Jesus esteve aqui na Terra e lutou pelas raparigas
e levou pedradas. Então, eu estou falando desse Mandela que lutou para que nós,
na face da terra, fôssemos iguais e irmãos. É deste Mandela que estou falando.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
uma segunda-feira recheada de notícias boas para o PDT, para o Rio Grande, Ver.
Nereu D’Avila. Eu acho que a vitória que obteve o Deputado Vieira da Cunha, a
quem prezo muito e tenho grande admiração, não do Vieira da Cunha, mas da
grande maioria do PDT que optou por candidatura própria, a quem desejo que
tenha uma boa caminhada, foi uma boa notícia para o Rio Grande e para os que
gostam da democracia e do confronto de ideias.
Nós temos a morte do
Mandela, do Madiba, palavra que aprendemos do “papai da pátria”, dessa
referência mundial, acho que poucos homens no mundo tiveram uma unanimidade tão
grande, uma unanimidade tão forte. Eu me atrevo a concordar em parte, e
discordar do essencial do Ver. Alberto Kopittke de que este líder carismático,
humanitário e altivo, Nelson Mandela, não foi o que foi porque esteve em Cuba,
ele não foi o que foi porque pegou em armas, ele não foi o que foi porque foi
terrorista, como disse o Ver. Alberto Kopittke. Ele não foi o que foi porque fez
enfrentamentos, mas se tivesse sido tudo isso o que ele foi na pacificação, no
exemplo e no pedido de paz para sua gente, só isso o faria maior do que pegar
em armas e do que ter ido a Cuba aprender a fazer o que muita gente aqui no
Brasil aprendeu. Ele foi a Cuba e não aprendeu a fazer “mensalão”! Isso o
diferencia de todos os outros. Nelson Mandela não se igualou a essa turma,
Nelson Mandela passou imune, passou longe desses aprendizados; ele preferiu
aprender a paz, aprender e espalhar o bom exemplo, a pedir a seu povo para não
se vingar, a pedir a não ter rancor, como muitos dos nossos pedem aqui, de
punhos cerrados, mesmo indo para a cadeia! Vão a caminho da cadeia de punhos
cerrados pedindo vingança. Nelson Mandela disse: “Não, não vamos nos vingar,
nós queremos a paz”. A África do Sul é um país que precisava da paz e
conseguiu, graças a Nelson Mandela. E ele não conseguiu somente na África do
Sul; o exemplo de Nelson Mandela serve para nós também, para que não se olhe
pela cor, pela classe social, que não se olhe as diferenças pelo que se tem,
pelo que se é, pela sua pele, mas pelo que se tem no coração. Viva Nelson
Mandela! Abaixo as diferenças, abaixo a discriminação! Viva a paz! Viva Madiba!
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, o Ver. João Antonio Dib, que é uma memória viva desta Casa,
telefonou-me há pouco lembrando que Nelson Mandela é Cidadão Honorário de Porto
Alegre. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado pela
lembrança, Ver. Nedel.
O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; prezadíssimo
João Dib, que nos acompanha; Ver. Reginaldo da Luz Pujol, Presidente da CCJ, da
qual faço parte com muito orgulho, enquanto o Pujol não me dá a atenção devida,
eu aproveito para dirigir uma palavrinha ao Ver. Alberto Kopittke: que bom que
o nosso grande Mandela não foi um bom aluno lá em Cuba; que bom que ele não
aprendeu muita coisa lá em Cuba. Só para descontrair.
Ver. Reginaldo Pujol,
amanhã na CCJ, nós vamos debater um projeto, Ver. Alberto, Ver. Sabino, Ver.
Nereu, Ver. Márcio, da nossa autoria, que trata – não vou dizer das radiações,
mas também o é –, mas é um projeto em que nós estamos tentando implementar, nas
portas das agências bancárias, o mesmo sistema dos aeroportos. Então, amanhã é
um dia importante para esta Casa, para a população de um modo geral, porque nós
vamos receber aqui na Capital a representação que vem de Brasília para fazer as
observações àquilo que nós estamos propondo.
E vejam só o que vou
registrar: eu não quero declinar o nome, até porque a pessoa me é muito
fraterna, mas coloca uma observação, Sr. Presidente, das questões preocupantes
que tratam das radiações também nos aeroportos. Vejam só, será que este assunto
só vem à tona agora porque nós estamos querendo implementar isso nos bancos?
Por que é que o Conselho Federal, as autoridades que tratam das questões de
radiações até hoje não se pronunciaram? Ao menos eu não sabia, não tenho
conhecimento das questões do sistema de raios X nos aeroportos. Então, não é
que eu vá, lá, desesperadamente, defender o meu projeto. Não! é que, se não for
possível, não vai ser. Agora, aí nós precisamos atacar também as questões nos
aeroportos.
E também, amanhã,
darei um recado: não é porque tem um equipamento novo, diferente, que este
Vereador se prestará a ser representante comercial, ao menos aqui, como todos
nós, evidentemente. Então, não vamos defender este equipamento, esta tecnologia
ou outra, Ver. Nereu, porque não é este o nosso caminho; saberemos conduzir
essa reunião nesse sentido. Nós temos que tomar cuidado. De repente, vamos
imaginar que alguém esteja interessado em apresentar um novo equipamento ou uma
nova tecnologia – eu não quero acreditar nisso, evidentemente –, mas o artigo
que recebo induz a essa ideia. Esse debate que acontecerá amanhã, na CCJ, será
bem interessante e, com certeza, servirá para esclarecer este Vereador, os
demais e a sociedade de modo geral. Agora, eu achei interessante porque, até
então, eu não tinha ouvido falar que a direção nacional dos radiologistas
tivesse, até então, demonstrado preocupação com as irradiações ionizantes e
outras que ocorrem nos aeroportos e em outras instituições. É engraçado, porque
quando se mexe com agência bancária, com os bancos, eles aparecem. Mas isso vai
servir para aprimorarmos o nosso projeto e até, digo mais: se não tiver
segurança, disponho-me a retirar o projeto, mas o debate vai ser bom.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h24min): Havendo
quórum, passamos à Ordem do Dia.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE (Requerimento): Solicito a retirada da priorização de votação de
hoje o PLL nº 142/13, de minha autoria.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. CASSIO
TROGILDO (Requerimento): Solicito a inversão da ordem da priorização de
votação de hoje para que passemos, imediatamente, à discussão e votação do PLCE
nº 014/13, que trata dos conselheiros tutelares, que nos acompanham nas
galerias deste plenário.
O SR. MARIO
FRAGA: Só para enaltecer o pedido do Ver. Cassio, o PDT dá acordo.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento
do Ver. Cassio Trogildo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2821/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 014/13,
que altera o caput dos arts. 42, 45 e 61, os incs. I a IV do art. 62 e o
inc. VIII do art. 113, e inclui §§ 1º, 2º e 3º no art. 61, todos da Lei
Complementar nº 628, de 17 de agosto de 2009 – que consolida a legislação
municipal que dispõe sobre a defesa dos direitos da criança e do adolescente e
revoga o art. 13 da Lei nº 9.693, de 29 de dezembro de 2004, e as Leis nos
6.787, de 11 de janeiro de 1991; 7.207, de 30 de dezembro de 1992; 7.394,
de 28 de dezembro de 1993; 7.453, de 6 de julho de 1994; 7.497, de 21 de
setembro de 1994; 7.595, de 17 de janeiro de 1995; 7.697, de 10 de novembro de
1995; 7.707, de 23 de novembro de 1995; 7.859, de 8 de outubro de 1996; 8.067,
de 18 de novembro de 1997; 8.098, de 22 de dezembro de 1997; 8.162, de 20 de
maio de 1998; 8.554, de 13 de julho de 2000; 9.126, de 27 de maio de 2003;
9.432, de 20 de abril de 2004; 9.632, de 7 de dezembro de 2004; 9.689, de 28 de
dezembro de 2004; 9.895, de 23 de dezembro de 2005; e 10.179, de 21 de março de
2007 –, dispondo sobre a política municipal de defesa dos direitos da criança e
do adolescente.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Elizandro Sabino: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,
§ 1º, I, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 02-12-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão PLCE nº
014/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Já convido os Conselheiros Tutelares para o I Forum de
Planejamento Familiar, amanhã; a presença de vocês será muito importante para
ampliarmos esta discussão e democratizarmos este processo.
O SR. PEDRO
RUAS (Requerimento): Presidente, o requerimento não é deste Vereador,
nem da Ver.ª Fernanda, mas do Ver. Delegado Cleiton. Trata-se do Requerimento
nº 129/13, que requer Moção de Apoio à Proposta de Emenda Constitucional nº
293/2008 que tramita no Congresso Nacional, ao qual solicito a inversão da
ordem de priorização de votação de hoje que seja votado imediatamente. Queria
até que tivesse sido o primeiro, mas não queria atrapalhar o Conselho Tutelar.
O autor está aqui, e eu acho importante, porque o votaríamos muito rapidamente.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Faço minhas as palavras do Ver. Ruas, até porque foi retirado da última
pauta. Então, será rápido.
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Em votação o Requerimento de autoria dos Vereadores Delegado Cleiton e
Pedro Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 129/13 – (Proc. nº 2113/13 – Ver. Delegado
Cleiton) – requer Moção
de Apoio à Proposta de Emenda Constitucional nº 293/2008, em tramitação na
Câmara dos Deputados, que atribui independência funcional aos delegados de
polícia.
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 129/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA
a Moção.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3188/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/11, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que
estabelece a disponibilização de terapias naturais na rede pública
municipalizada do Sistema Único de Saúde – SUS – de Porto Alegre. Com Substitutivo nº 01. (desarquivado
pelo Ver. Márcio Bins Ely)
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e do Substitutivo nº 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-12-13 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº
153/11, com Substitutivo nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 153/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 06, de autoria do Airto
Ferronato, ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 112/12.
Apregoo Requerimento, de autoria do Airto
Ferronato, que solicita a dispensa do envio da Emenda nº 06 ao Substitutivo nº
01 ao PLL nº 112/12 à apreciação das Comissões, para Parecer.
Em votação o Requerimento de autoria do Airto
Ferronato. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1472/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/12, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
institui o programa Licitação Sustentável. Com
Substitutivo nº 01. Com Emendas nos 01 a 05 ao Substitutivo nº 01.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Alberto Kopittke: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto, do Substitutivo nº 01 e das
Emendas nos 01 a 05 ao Substitutivo nº 01.
Parecer Conjunto:
-
da CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Paulinho Motorista: pela aprovação do Projeto, do Substitutivo nº 01 e das
Emendas nos 01 a 05 ao Substitutivo nº 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 112/12, com Substitutivo nº
01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 112/12, com
Substitutivo nº 01. (Pausa.)
Consulto se há alguma
restrição em votar as Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05 e 06 ao Substitutivo nº
01, em bloco.
O SR. PEDRO RUAS: Eu não tenho nenhuma
restrição. Acho muito importante, desde que o Ver. Airto Ferronato, autor,
possa explicá-las.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 112/12, com
Substitutivo nº 01.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, estamos aí
para, rapidamente, fazer uma síntese do que trata o Projeto e o Substitutivo nº
01, e as nossas emendas. Ver. Pedro Ruas, a nossa proposta é de que se votem as
emendas em bloco porque todas elas – são seis –, tratam de redação. É apenas
redação, portanto, não alteram, vamos dizer assim, o projeto. O projeto diz
“institui o programa de Licitação Sustentável, instrumento municipal de
desenvolvimento econômico e social sustentável” para o Município de Porto
Alegre. Quais são os seus objetivos? Promover o desenvolvimento sustentável,
proteger ecossistemas, favorecer uma sociedade mais justa, manter economia
viável e equilibrada, e elevar a qualidade de vida do cidadão de Porto Alegre.
A síntese, meus caros Vereadores, é a seguinte: em processo de licitação em
Porto Alegre, fica estabelecida uma margem de preferência para produtos,
serviços e obras que atendam a normas técnicas de sustentabilidade ambiental;
que ela possa ter um acréscimo de até 25% em relação ao preço de mercado. O que
acontece na licitação pública no país inteiro? Isso é a praxe, não esquecendo
que o Poder Público é o maior adquiridor de bens e serviços no País. No País,
nós temos a norma de estabelecimento de critério técnico e preço. Então, se nós
temos critério técnico e preço, e o preço sempre é o menor, nós estamos dizendo
que, numa margem, a Prefeitura de Porto Alegre pode pagar até 25% a mais desde
que haja, comprovadamente, critérios que estabeleçam, por exemplo, a qualidade,
o desempenho e a durabilidade do bem, a demonstração da minimização do consumo
de energia, a exigência de critérios de sustentabilidade ambiental, tais como
bens certificados pelo Inmetro, material reciclado não tóxico e biodegradável,
bens acondicionados em embalagens adequadas e no menor volume possível, bens
que não contenham substância perigosa, tipo mercúrio, cádmio e chumbo, adoção
de medidas que evitem o desperdício da água tratada e energia elétrica, a
comprovação da procedência, por exemplo, se tratando de madeira, ou seja,
estamos tentando fazer com que Porto Alegre seja uma cidade, um Município que
possa dar um passo adiante e, com isso, licitar, sustentavelmente, as suas
aquisições. Repito, as emendas todas são de redação. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 112/12, com Substitutivo nº 01.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Colegas Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores; quero aqui, em
nome da nossa Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, fazer um encaminhamento
favorável ao projeto do Ver. Airto Ferronato com o seu conjunto de emendas e,
ao mesmo tempo, recuperar um debate que já fizemos nesta Casa; já aprovamos
nesta Casa, mas ainda não foi executado. Quando o senhor propõe fazer a
licitação sustentável e que todos os equipamentos e produtos adquiridos possam
provir de uma cadeia produtiva sustentável, ou que tenham certificação
ambiental, ou que não venham a agredir e ferir o meio ambiente, eu quero
lembrar que, no ano de 2006, nós aprovamos, aqui nesta Casa, um projeto chamado
Porto Alegre Cidade Amiga da Amazônia, que diz que toda licitação pública no
Município de Porto Alegre, no que diz respeito às madeiras, tem que trazer o
certificado das madeiras para que não possa ser utilizada madeira de derrubada
ilegal de floresta, assim como todos os móveis que a Prefeitura possa comprar,
que eles sejam também de madeira certificada.
Então, eu gostaria aqui de contribuir e dizer a V.
Exa. que nós propusemos e aprovamos este projeto em 2006, e que o Município
tinha 12 meses para regulamentar, e que até hoje não executou a regulamentação.
Aqui, neste seu projeto, também será necessária a regulamentação porque, como
vai para o processo licitatório, tem que fazer as definições dos itens e da
forma que eles terão que ser exigidos e/ou pedidos.
A Bancada do Partido dos Trabalhadores vem aliar-se
ao senhor neste projeto e pedir a sua aliança para que, tanto este projeto,
quando for aprovado, quanto o nosso, que já existe há seis anos ou cinco anos
nas gavetas da Secretaria do Meio Ambiente e que não foi colocado em prática
até o momento... Se nós queremos e precisamos de uma sociedade e de um planeta
sustentável, o exemplo tem que ser do Poder Público municipal.
Eu concluo fazendo o registro de que, com este seu
projeto, a Câmara de Vereadores vem buscando a solução efetiva para esses
trabalhos, para que todo o consumo de matéria-prima ou de manufaturados
adquiridos pela Prefeitura de Porto Alegre tenha origem de qualidade, e que
isso possa ser inserido definitivamente.
Sr. Prefeito Fortunati, o projeto Cidade Amiga da
Amazônia está nas gavetas das SMAM há cinco anos esperando sua regulamentação,
precisamos que ele seja imediatamente efetivado, para que a Prefeitura de Porto
Alegre não compre madeira que não seja certificada, e que, na hora de descartar
as madeiras, seja feita a reciclagem, para que, com isso, possamos proteger o
ambiente e inibir a derrubada ilegal de florestas. Um grande abraço. O Ver.
Ferronato tem o nosso apoio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 112/12, com Substitutivo nº 01.
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente, Ver. Dr. Thiago; Vereadoras, Vereadores, prezado Ver. Airto
Ferronato; encaminho em meu nome e em nome da Ver.ª Fernanda Melchionna,
portanto, em nome do PSOL, apenas para registrar muito brevemente o nosso
contentamento, a nossa alegria com um projeto que traz para Porto Alegre algo
que eu próprio vi em debate importante dessa área na administração pública de
vários países da Europa. Eu li sobre isso no ano passado, gostei muito e acho
que é um projeto muito importante que nos traz Vossa Excelência. Nós saímos
apenas do binômio custo e preço, técnica e preço, para termos o trinômio
ambiental. Portanto, meus parabéns, conte com o nosso apoio!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Em votação o bloco composto pelas Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05 e 06
ao Substitutivo nº 01 ao PLL nº 112/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 112/12.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, vamos fazer aqui uma referência à servidora do
Município de Porto Alegre de quem tive o prazer de ser professor – ela foi
minha aluna –, Rosane Felippe, porque este projeto teve por base um trabalho de
TCC de pós-graduação que ela fez. Ela apresentou um projeto, eu li e a chamei
para nós escrevermos conjuntamente. Portanto, a nossa saudação também à Rosane
Felippe.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Muito justa a homenagem e a deferência, Ver.
Ferronato.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 2159/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 009/13, que altera o caput do art. 9º e o § 2º do art. 17-A da Lei Complementar nº 636,
de 13 de janeiro de 2010 – que Institui o Programa Minha Casa, Minha Vida -
Porto Alegre, altera o parágrafo único do art. 1º da Lei Complementar nº 548,
de 24 de abril de 2006, alterada pela Lei Complementar nº 619, de 10 de junho
de 2009, revoga a Lei Complementar nº 619, de 2009, e dá outras providências –
autorizando o Executivo Municipal a doar, a instituições financeiras oficiais
federais, áreas de terra de sua propriedade para a construção de habitações
para a execução de empreendimentos enquadrados no disposto no inc. I do art. 3º
dessa Lei Complementar.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 02-12-13 por força do
art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLCE nº 009/13. (Pausa.) O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/13.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores,
este é um dos muitos projetos de origem do Executivo que vem a esta Casa dar
sustentação e qualificar a Lei Federal do Minha Casa, Minha Vida. Nós já aprovamos
aqui, em 2010, que foi homologada em janeiro de 2010, uma lei municipal do
Minha Casa, Minha Vida. No Projeto Minha Casa, Minha Vida, é possível que as
Prefeituras Municipais possam entrar com contrapartidas. Essas contrapartidas
podem ser em infraestrutura ou em áreas; nesse caso específico, o governo está
propondo fazer a doação para as instituições financeiras. Por que para as
instituições financeiras? Porque esses recursos são originários do fundo de
arrendamento do Fundo de Apoio ao Trabalhador – FAT. Se é um dinheiro que é
público e subsidiado, no momento em que a Prefeitura faz uma doação – para o
Minha Casa, Minha Vida está sendo direcionada para a faixa 1, que é até três
salários mínimos –, em que o órgão financiador demonstre que a doação do
terreno não vai ser incorporada e aquele recurso perdido no meio do caminho.
Então, o orçamento do projeto, que, no caso de Porto Alegre, é de R$ 64 mil por
cada unidade habitacional, o órgão financiador, através do projeto
arquitetônico, tem que demonstrar que o valor da terra vai ser um acréscimo, um
adendo ao valor dos R$ 64 mil, e não estar dentro dos R$ 64 mil, porque, em
Porto Alegre, justamente uma das dificuldades que estamos tendo, que a Cidade
está tendo, é o custo da terra, é a construção civil e a dificuldade de
conseguir terrenos bem localizados para a construção do Minha Casa, Minha Vida.
Então, nesse sentido, a nossa opinião, do Partido
dos Trabalhadores, é favorável ao projeto, porque ajuda a qualificar um
programa que é nacional e permite que o Município, Ver.ª Jussara Cony, possa
fazer doação de terras para esses projetos financiados pelas instituições
federais, hoje Caixa Econômica Federal e/ou Banco do Brasil. Então, deixo aqui
a nossa opinião e o nosso voto, já no encaminhamento favorável ao projeto.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o PLCE nº 009/13.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, na realidade, essa doação que o
Município faz é uma contrapartida que não difere muito do sistema atual. Só
que, o que tem ocorrido, é que, muitas vezes, o Município dispõe o terreno e
tem zerado a empresa que queira participar daquela licitação para fazer o Minha
Casa, Minha Vida. E, no próprio bojo da justificativa, é colocada essa questão:
“Conforme já levado ao conhecimento desse Poder Legislativo, por ocasião do
encaminhamento da lei complementar que nós votamos aqui, em 2012, que deu
origem à Lei Complementar nº 636, o Município de Porto Alegre tem enfrentado
dificuldades de efetuar contratações em empreendimentos ligados ao Minha Casa,
Minha Vida, em razão do desinteresse por esse tipo de construção: habitação
popular destinada à população com renda de zero a três salários mínimos – ou
seja, é o mais baixo –, decorrente do baixo valor oferecido pelo programa,
comparativamente com as exigências construtivas estabelecidas para as
construções. Em razão disso, o segundo molde...” E eu quero dizer o que Porto
Alegre está propondo já está acontecendo em Caxias do Sul, em Canoas e também
em Esteio, e esse repasse fica nas instituições financeiras federais, Caixa
Econômica Federal ou Banco do Brasil. Nesse aspecto, também, o governo teve uma
preocupação quando ele cria o projeto de Lei Complementar. O art. 17, § 2º diz
o seguinte – e aí eu gostaria que prestassem um pouco de atenção: “A concessão
do incentivo de que trata este artigo fica condicionada à aprovação das
instituições financeiras oficias federais, na qualidade de agentes executoras
do Programa Nacional de Habitação Urbana, mediante apresentação dos custos de
cada empreendimento, superiores ao valor definido pelo Programa”. Então, eu
acho que, de forma clara, o Município faz as duas partes: ou apresenta o terreno
e capta os recursos, ou faz o inverso, como está sendo proposto aqui – as duas
vão continuar valendo. Como o Município está tendo dificuldade de encontrar
quem queira bancar o Minha Casa, Minha Vida, para quem recebe de zero a três
salários mínimos, ele vai conceder o terreno; Caixa Econômica Federal ou Banco
do Brasil fazem o projeto, e as inscrições o Município vai controlar, dentro
daqueles critérios previamente estabelecidos, quem vai receber essas casas.
Então, eu
entendo que esse projeto deve ser aprovado por unanimidade, porque eu sempre
digo: o negócio para ser bom tem que ser bom para todas as partes. E esse é um
projeto que é bom para o Município e bom para a população dos mais carentes da
nossa Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o PLCE nº 009/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2568/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 011/13,
que altera as alíquotas de contribuição previdenciária, alterando a al. c do inc. II do art. 2º da Lei
Complementar nº 505, de 28 de maio de 2004; inclui al. d no inc. II e §§ 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º, no mesmo dispositivo; e
inclui § 1º no art. 7º, e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 09-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLCE nº 011/13. (Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 011/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a todos e a todas, Presidente,
Vereadores, público que nos acompanha, sobretudo os nossos colegas municipários
que acompanham a Sessão no que se refere a um tema muito emblemático, que diz
respeito à previdência e ao regime de previdência.
Fiz questão de vir discutir o projeto, porque nós o
encaminhamos para a nossa análise jurídica e política, e este projeto, de fato,
trata do aumento que a Prefeitura fará na alíquota para garantir a previdência
do Previmpa no regime de capitalização.
Este debate é muito caro para nós do PSOL, porque
quando o Governo Federal, ainda na época do Presidente Lula, começou a contar
aos quatro cantos a falácia de que o regime de repartição simples era um regime
deficitário, sendo que as verbas oriundas da previdência são utilizadas como
seguridade social ou utilizadas historicamente para outros fins, como a
construção da Transamazônica, como assistência social, retirando os recursos
oriundos da previdência, nós nos posicionamos contrariamente, e daí a coerência
da Luciana Genro, da Heloísa Helena, do Babá e do João Fontes votando contra
aquela Reforma da Previdência, e constituindo o PSOL.
Nós recebemos aqui o projeto do Executivo Municipal
falando da dívida, ou melhor, que o regime de capitalização, Ver.ª Sofia, não
atingiu a sua meta; que o regime de capitalização, que é este novo modelo
imposto pela Reforma da Previdência aos Municípios de tratar os recursos
oriundos da previdência como uma caixa financeira para utilização em outros
fins, inclusive no mercado de ações, renda fixa, renda variável, utilizando a
aposentadoria dos funcionários como parte, os governos usam para colocar no
cassino financeiro que é o mercado de ações. Isso aqui é a demonstração cabal
de que esse modelo é deficitário, que deveria render 6% ao ano e mais o IPCA. E
agora vem um projeto do Executivo aumentando a alíquota do Executivo de 22% –
que o Executivo paga para cada funcionário – para 24,14%. Essa é a demonstração
política de que falta gestão. Por enquanto – e já vejo que os meus colegas
municipários me olham –, é para o Executivo, não para os municipários. Mas eu
quero deixar registrado desta tribuna que nós não aceitaremos projeto que
aumente alíquota para os municipários. Está consignado desde já que a Bancada
do PSOL estará atenta. E eu li atentamente cada um dos artigos que foram
apresentados, inclusive recebemos consultoria jurídica do Simpa, a nossa
assessoria jurídica analisou e, de fato, não aumenta a alíquota para os
municipários. Mas a demonstração de que o regime de capitalização é deficitário
por falta de gestão, por investimentos equivocados, por desmontar o argumento
falacioso de que a repartição simples – como era anteriormente –, solidária,
que entende essa questão trabalhista como uma questão geracional, que uma
geração trabalha para garantir a aposentadoria dos outros, e assim,
sucessivamente, e os governos atacaram esses recursos, fazendo rombos na
previdência, mas porque usaram na seguridade social, porque usaram na Transamazônica,
porque usaram não sei mais onde esses recursos oriundos lá do regime federal de
previdência. Nós queremos deixar registrada, portanto, a nossa crítica a esse
modelo de capitalização, a nossa certeza de que esse modelo fere a ideia da
previdência solidária e a demonstração, com este Projeto, que tem problema de
gestão, que esse modelo é deficitário. E deixo claro que se o Governo pretende,
nós não aceitaremos e faremos luta com os municipários contra um aumento de
0,5% da arrecadação, onerando os colegas trabalhadores do Município.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCE nº 011/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, trata-se aqui de
complementação do percentual que o ente, o Município, coloca no Fundo de
Capitalização, pelo que entendi do projeto, Ver.ª Fernanda; uma alíquota
suplementar do ente municipal. Eu quero dizer que votarei a favor. Sei que isso
tem a ver com a legislação e o equilíbrio, e a nossa legislação, inclusive,
previa. Lembro-me muito bem do debate que fizemos do Previmpa, dois por um,
Ver. Paulo Brum. Uma contribuição dos municipários, dois percentuais iguais de
contribuição do Município, Ver.ª Fernanda, e o que a gente percebe é que o
Município não vinha cumprindo exatamente duas vezes o que o municipário
contribuía. Esse projeto vem corrigir sob pena de a Prefeitura não conseguir o
certificado de regularidade previdenciária. As razões pelas quais o Município não
vinha contribuindo em 22% não sei explicar; não sei se foi um plano parcelado
previsto na lei, não lembro. Quero dizer aos telespectadores que nós votamos em
Comissões Conjuntas em regime de urgência. Passou apenas numa Comissão, e por
isso a avaliação mais detalhada na hora da votação, mas eu creio que, sim, esse
ajuste é muito importante para a saúde financeira do nosso Previmpa. O nosso
instituto de previdência, tão controverso à época quando proposto pelo Governo
Municipal, meu governo, com resistência dos municipários – e, de fato, foi um
ano difícil –, tem provado o quão certo foi o seu encaminhamento. Os
municipários têm aposentadoria integral – é verdade que há um déficit inicial,
porque todos os que estavam na carreira, metade da carreira ou parte da
carreira, não tiveram cobertura dessa parte para fins de aposentadoria, porque
contribuíamos nós com 4,5% com 7%, que era para o Montepio, que sequer pagava
as pensões integrais. E foi um grande e acertado passo substituir, terminar com
o Montepio, que não tinha democracia, que não tinha benefícios para os
municipários, que não garantia cem por cento das pensões. A partir do momento
em que o Município assumiu as pensões, as pensionistas passaram a receber cem
por cento da sua pensão devida, paga pelo Município
de Porto Alegre, e a nossa aposentadoria, com o aumento com que nós, servidores
municipais, contribuímos, passando para 11%, passou a constituir uma
amortização no pagamento das aposentadorias de caixa, ou seja, das anteriores a
2001, e os novos passaram a compor um fundo. Vejo, pela justificativa do
Governo, sim, que o déficit inicial, que não foi um déficit de problema de
modelo de projeto, foi um déficit natural por conta de que era um sistema novo,
e que a gente fez uma opção de que ele ficasse sendo suprido pelo caixa da
Prefeitura. Muito pior era antes, quando não havia nenhuma contribuição, ou uma
muito pequena dos funcionários. Hoje nós podemos dizer que, daqui a alguns anos
– 2030 talvez, os primeiros, já há algumas aposentadorias a partir do fundo,
Ver. Pujol, aposentadorias por doença, ou proporcionais, muito poucas –, mas, a
partir de 2030, a grande massa dos municipários vai ter uma aposentadoria
desvinculada do caixa da Prefeitura, e nós temos que zelar pela saúde
financeira do Previmpa, pela democracia no Previmpa, porque perdemos
todo e qualquer encaminhamento de eleição de diretores do Previmpa, que são
todos indicados pelo Governo, o que, de fato, dá um certo temor na capacidade
dos municipários de controlar o seu Instituto de Previdência. Mas ele foi muito
bem montado; representará, no futuro, saúde financeira da Prefeitura,
representará segurança. Já representa segurança dos municipários, que se
aposentam integralmente, diferentemente de todos os funcionários regidos pela
CLT, e contribuem, é verdade. E agora o Município passará a contribuir duas
vezes certinho o que contribui cada funcionário municipal. Eu não sei como é
que fica aquele que, em princípio, não contribuiu antes, mas estamos
corrigindo. Votaremos a favor, e, o com certeza, o Previmpa precisa de muito
controle social, muita democracia porque ele veio para equilibrar, sim, a
relação aposentados/orçamento, porque é totalmente desequilibrado no Estado do
Rio Grande do Sul, por exemplo, e nós, no futuro, esse tipo de problema não
teremos para manter a saúde financeira da Prefeitura e para manter bons
salários, Presidente. Então, pela aprovação.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Convido o Ver. Bernardino Vendruscolo a assumir os
trabalhos, uma vez que, no expressivo período de oito horas em que assumi a
Prefeitura, fui eu quem encaminhei ao Legislativo esta proposta.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Lamento que neste período eu não esteja próximo de
V. Exa. para aplaudi-lo no comando do Município.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): De qualquer sorte, os Vereadores que tiverem alguma
dúvida quanto ao projeto, seu ator se encontra nesta Casa, logo o debate fica
mais fácil. Vejam as senhoras e os senhores que, em oito horas que assumiu, já
apresentou projeto. Então, o Vereador-Presidente da Casa produziu enquanto
esteve prefeito.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCE nº 011/13.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, quero ter o maior cuidado no que vou
afirmar: não corro o menor risco de ser incoerente. Achei o pronunciamento da
Ver.ª Fernanda Melchionna excelente, realista, com as cautelas que hoje é
preciso ter na administração pública brasileira, fazendo o alertamento do que
pode ocorrer no futuro. Não é a primeira vez que a história é contada
inicialmente de um jeito e depois de outro. Aliás, Ver.ª Fernanda, quando foi
instituído o Previmpa, eu fui derrotado; eu entendia que não tinha condição de
ser da forma que era imaginado, e fui derrotado no projeto que a Ver.ª Sofia,
com a maior sinceridade e tranquilidade, confessou que foi proposto pelo seu
Governo, o qual não tinha outra solução. Isso veio de cima para baixo. A
alteração da previdência social brasileira se deu por várias leis que
engessaram os Municípios. O que quero deixar muito claro é que o Município tem
cumprido, de forma correta, um compromisso que assumiu com os municipários, de
que a alíquota inicial da sua participação no custeio do programa não seria
alterada e que os ajustes que precisavam ser feitos seriam satisfeitos,
exclusivamente com a participação do Município, que, por problemas financeiros
– tinha ontem, tem hoje, muito provavelmente terá amanhã, é a sina dos
Municípios –, não teve, quando da instalação do Previmpa, recurso para colocar
à disposição do fundo patrimonial do Previmpa. E isso fez com que a pretensão
inicial de ter um custeio com recursos mistos do municipário e da Prefeitura,
pudesse ser atingido de forma igualitária.
De qualquer sorte, eu, que fui contrário à formação
do Previmpa, contrário à instituição desse regime próprio de Previdência Social
em Porto Alegre, devo reconhecer que o Município, em grande parte, até aquela
época, convivia com a Previdência Social nacional, em que a contribuição era
dois por um. O Município colocava dois reais para cada um real que era colocado
pelos municipários. E agora não chega a essa proporção. Então, Ver.ª Fernanda,
eu a cumprimento pelo seu pronunciamento, é um belo alerta; a juventude tem que
se surpreender sobre isso. Neste País já aconteceram coisas inadmissíveis! Eu
que sou Democrata, que fui do PFL, fui contra a formação desse instituto de
previdência da forma como ele foi proposto pelo Governo do Partido dos
Trabalhadores, tenho que dizer com coragem hoje: não tinha o Governo do
Município outra saída senão fazer o que fez, sob pena de não ter o certificado
de regularidade da Previdência Social e com isso não ter acesso a recurso algum
do Governo Federal. Estava certo na ocasião o PT, pelo engessamento, como hoje
não cabe ao Prefeito Municipal outra situação senão fazer frente a esse
descompasso, que eu espero que seja o último ou o penúltimo. Que em breve o
compasso seja alcançado plenamente e que não precise anualmente haver a majoração
prevista e imposta na legislação federal. Cumprimento as duas Vereadoras pelos
seus belos pronunciamentos, na certeza de que não vamos compreender a situação.
Para não prejudicar o municipário e nem o Município, temos que aprovar este
Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o PLCE nº 011/13. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Dr. Gil Almeida, está aprovado o projeto do
Executivo.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 2794/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/13, que altera os itens Recrutamento e
Identificação do cargo de provimento efetivo de Técnico em Cultura, constante
na Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira
dos Funcionários da Administração Centralizada do Município, dispõe sobre o
Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações posteriores, e dá
outras providências. Com Emenda nº 01.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver.
Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLE nº 034/13. (Pausa.) A Ver.ª
Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 034/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Reginaldo Pujol, V. Exa. vai se surpreender com esta Vereadora
hoje defendendo os projetos do Governo nesta tribuna. Então, já defendi o
ajuste no Previmpa; agora, vou defender a alteração nos itens que compõem os
Técnicos em Cultura no Município de Porto Alegre. É importante deixar claro
isso aqui na tribuna; hoje, inclusive o Ver. Brasinha por ora não está no
Plenário – ele gosta de caracterizar que estamos sempre contra. Na verdade,
somos a favor de boas iniciativas, Ver.ª Jussara Cony, com proposições
inclusive. É importante a adequação que se está fazendo aqui do Técnico em
Cultura; quais os requisitos para compor isso. De fato, ampliaram-se as
formações que podem dar conta, desempenhar esta função de Técnico em Cultura.
Nós ofertamos a este Projeto, que tramita nesta Casa, uma emenda, acrescentando
um curso que, é bem verdade, novíssimo, o curso de formação superior em dança,
que, no meu tempo de Educação Física estava contido na formação em Educação
Física.
Nós estamos tendo uma ampliação para várias áreas –
estou aqui buscando quais são elas para que o cidadão nos acompanhe. Nós,
inclusive, aceleramos; hoje pela manhã, fizemos uma boa construção. No próximo
concurso para Técnico em Cultura serão incluídos os cursos de graduação de
Antropologia, Arqueologia e Museologia – todos do tema da memória, do
patrimônio.
Nós acompanhamos a inauguração da Pinacoteca, um
prédio maravilhoso, recuperado dos escombros na Rua Duque de Caxias. Achamos
que todas as preservações de prédios históricos dão qualidade de vida porque
dão contornos de beleza, de história, de memória para a nossa paisagem;
portanto, a Secretaria de Cultura precisa de Técnico, sim, que atuem
colaborando com esses processos de tombamento, de inventário de bens culturais,
de processos de percepção do que é preciso preservar, independente de
tombamento para fins dos projetos viários, dos projetos de construção. Então
ficam, na instrução formal do curso de graduação em Música, Artes Plásticas,
História, Letras, Artes Cênicas, Dança, Filosofia, Ciências Sociais,
Comunicação, Psicologia, Biblioteconomia, Antropologia, Arqueologia e
Museologia, como requisito para o Técnico em Cultura. Eu quero dizer que a
Prefeitura de Porto Alegre, a municipalidade, a política pública de cultura
ganham com essa alteração que hoje tramita nesta Casa.
Eu vim há pouco de uma agenda, Ver.ª Jussara, da
Escola de Ensino Fundamental Amigos do Verde, que, no Paço Municipal, entregou
um abaixo-assinado, uma petição pública de mais de três mil assinaturas sobre a
obra. Amanhã teremos mais uma audiência, uma reunião conjunta entre as duas
Comissões, lá, na escola, a segunda reunião. Um dos temas que a escola levanta
é o processo de tombamento do prédio da Escola Amigos do Verde, do seu entorno
e do muro, todos com características peculiares, históricas, antes da família
Neugebauer, e a postulação da Escola Amigos do Verde, hoje, vai para o
Vice-Prefeito; amanhã, já na audiência, no Ministério Público, que esse
patrimônio seja preservado.
Então, esses Técnicos em Cultura ajudam a Prefeitura a identificá-los, ajudam a compor projetos mais criativos para uma Cidade sustentável. E nós apoiamos, porque a cultura, quando é pequena, quando é com poucos recursos, perdem todas as outras políticas públicas e as outras Secretarias.
Então, quero parabenizar o Governo Municipal por
essa alteração e desejar que o concurso seja em seguida, assim como o concurso
para monitores. Estamos acelerando o processo, para podermos mudar o requisito,
para que possa sair e suprir as necessidades das escolas infantis.
Muito bem, concursos públicos, cargos providos por
concurso, funcionário público, Previmpa fortalecido, são os melhores caminhos,
e não o caminho das gratificações e dos CCs, dos cargos comissionados. Um
serviço público de qualidade continuado é que pode garantir, sim, uma Cidade
cada vez melhor para se viver. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 034/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADA.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o PLE nº 034/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2815/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 035/13, que
altera a letra “b” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que
estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada
do Município, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –,
alterando a especificação de classe dos cargos de provimento efetivo de
Instrutor de Artes Plásticas.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver.
Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 09-12-13.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLE nº
035/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 16h24min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos às
O Ver. Alberto
Kopittke está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Agradeço muito a sua
dinâmica, hoje, acelerada, e peço desculpas, Ver.ª Sofia, sempre atenta,
agradeço muito guardar este momento aqui. Nesse período de Comunicações, quero
trazer ao conhecimento de todos os colegas que, na sexta-feira, tive a
oportunidade de realizar um evento que foi muito especial, creio que o único,
caro amigo Delegado Cleiton, cito-o porque se trata também de segurança e da
nossa área, do nosso tema. Foi um grande seminário que nós realizamos dentro do
Presídio Central, a terceira edição do nosso ciclo de seminários permanentes
que o mandato tem realizado, chamado Diálogos Necessários, e nós fizemos,
então, esse evento para discutir o próprio modelo de Direito Penal, o próprio
modelo de Justiça Criminal, e a forma de resolução dos conflitos na sociedade,
e nós não poderíamos ter escolhido um lugar melhor, que foi o próprio Presídio
Central. Tivemos a participação de mais de trezentas pessoas, um grande grupo
de apenados, que estão lá cumprindo pena, e eu quero saudar aqui de uma forma
muito especial a querida amiga, Advogada Carmela Grune, que faz um trabalho dentro
do presídio chamado Direito no Cárcere, dentro da antiga Ala E-1, que agora se
chama Luz no Cárcere, e ela vem realizando um trabalho permanente de arte e de
discussão sobre os direitos, sobre a cidadania com esse grupo de apenados que
se dispuseram a estar nessa ala, especialmente na recuperação sobre o problema
da dependência de drogas. Então, esses apenados lá estavam, um grupo de
familiares também deles e mais de duas centenas de estudantes, creio eu, em sua
maioria de Direito, de Ciências Sociais, de Psicologia, que estiveram lá
realizando um seminário maravilhoso, que durou das 13h às 16h, no auditório do
Presídio Central. Quero também deixar o meu agradecimento para a Brigada
Militar e a toda a Direção do nosso Presídio Central, que esteve também presente.
Realizamos uma mistura de cultura, Ver.ª Sofia, tivemos lá uma banda de reggae, tocando toda a tarde conosco e,
junto com os apenados, eles fizeram uma apresentação sobre a música que foi o
tema dessa ala, que se chama Liberdade, e fizemos um grande debate com o
Procurador do nosso Estado, que tem como codinome Vermelho, grande amigo também
que coordena o Núcleo de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral do Estado. O
Dr. Suliani, advogado, também fez uma fala e nos deu a certeza de que nós
precisamos discutir, com profundidade, se é com este o modelo, retirando a
liberdade das pessoas e não lhes dando nenhum tipo de condição de
ressocialização que nós vamos efetivamente diminuir a violência. E a resposta
de todos que lá estavam foi de que nós precisamos de um novo modelo que leve em
conta as penas alternativas. E aqui no Estado, nós sequer temos uma central de
penas alternativas que leve em consideração também o modelo de justiça
restaurativa, que foca não mais a penalização do preso, mas, sim, a vítima e os
danos a ela causados, para que se possam reconstruir os laços sociais. Acho que
essa foi a grande mensagem dessa terceira edição dos Diálogos Necessários,
dentro do próprio Presídio Central, no sentido de que, se nós quisermos vencer
a violência, o caminho é a reconstrução dos vínculos sociais, e não erguendo
muros, construindo mais e mais prisões, que nada mais são do que despejos,
dejetos que colocam lá, achando, nos discursos punitivistas, que esse caminho
vai nos levar a algum lugar. Com certeza não levará, com certeza é estendendo a
mão, com políticas sociais, acreditando nessas pessoas, que todos nós –
Polícia, sociedade, familiares – vamos reconstruir os vínculos dessas pessoas.
Então, foi um grande
evento e eu tenho a alegria de compartilhar com os senhores. E já deixo o
convite, aqui, Ver.ª Sofia, Ver. Comassetto: em março, nós vamos realizar a
quarta edição, vamos debater a desmilitarização da Brigada Militar e vamos
realizar esse seminário dentro da Brigada Militar, porque esse não é um debate
contra a Brigada, é um debate a favor da modernização da nossa grande Brigada
Militar. Esta é a forma de mudarmos a sociedade: fazendo os debates que têm que
ser feitos, debatendo a política sobre drogas do Uruguai, debatendo a questão
da democracia na era digital, debatendo o sistema prisional, sem tabus, sem
temas proibidos, sem preconceitos, porque ou nós decidimos mudar ou nós vamos
continuar perdendo 60 mil jovens para a violência a cada ano.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Dr. Thiago
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, senhores e senhoras, primeiramente, eu quero
falar, Ver. Comassetto, Ver.ª Sofia Cavedon, que recebi em meu gabinete, há
poucos minutos, Ver. Dr. Thiago, um senhor relatando o acúmulo de lixo que
existia em Porto Alegre, lá em 1998, 1999, 2002, 2003. E, justamente, Ver.
Comassetto, esse senhor me trouxe as fotos, porque viu a Ver.ª Sofia Cavedon e
o Ver. Comassetto dizendo para mim que o governo deles era o melhor que existia
no mundo, antigamente. E aí ele disse que veio trazer essas fotos para
colaborar comigo, para mostrar, Ver. Comassetto, o que era a realidade em 2002,
2003, 2004, quando, realmente, o lixo era um problema nesta Cidade. Ver.
Cecchim, quando a gente fala no governo, eles não escutam, mas gostam que a
gente escute, e gostam muito! Eu só estou relatando, tenho as fotos, quero mostrá-las, só que não neste momento, quem sabe na quarta-feira.
Meu Líder, Cassio Trogildo, e Ver. Paulinho Brum, vocês terão a oportunidade de
ver o que acontecia, o horror que era. Ele dizia que o Cidade Viva era a maior
propaganda que existia, mas só era verdade na televisão, no concreto não era
nada! Então, eu também não conhecia o trabalho, e também achava que só eu
falava errado, mas tem gente que está mostrando.
Então,
senhores e senhoras, temos que reconhecer as coisas boas que fizeram assim como
as coisas ruins que fizeram têm que ser reconhecidas.
Quero dar um abraço
no meu querido Ver. Nilo Santos e no Ver. Márcio Bins Ely. Também quero
convidar os colegas Vereadores para a homenagem, proposta por mim, que será
realizada nesta Casa, amanhã, para a Federação Gaúcha de Futebol pelos seus 95
anos de idade. A Federação Gaúcha de Futebol é muito importante no Rio Grande,
não somente no esporte profissional, mas também no amador, como incentivadores
da primeira, segunda e terceira divisão, e dos grupos de acesso. Esta Casa fará
essa homenagem, merecidamente, amanhã, às 15h, com a presença de vários
presidentes das gestões passadas que fizeram parte da história do Rio Grande, e
dos clubes como do Internacional, do Grêmio, do Cruzeiro, do Atlético, do
Juventude, do Caxias, Força e Luz, enfim, de todos os clubes. Hoje, nós temos
um presidente que trabalha muito pela Cidade, pelo Rio Grande, e agora, por
Santa Catarina e Paraná. É um empresário com visão para crescer, para ajudar as
pessoas que pensam no esporte, porque vemos as manifestações de atletas
profissionais que fazem o Clube do Bom Senso. Mas será que o Clube do Bom Senso
está pensando naqueles jogadores que ganham meio salário, que ganham,
às vezes, por partida. Não incluíram, quem sabe, as atletas femininas que
também jogam futebol. Eu acho que o Bom Senso Futebol Clube deveria ter uma
ampla divulgação, mas desde que, Tarciso, o esporte feminino participasse
também dessas manifestações, que seriam muito importantes para a Cidade e para
esses clubes pequenos que tanto sofrem, que não têm condições nem de viajar
para disputar um campeonato.
Então, senhores e senhoras, convido todos para
fazer essa homenagem à Federação Gaúcha de Futebol e ao grande extraordinário,
competente, Francisco Noveleto, que é um empresário que, realmente, pensa muito
no esporte.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Guilherme Socias Villela está com a
palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Idenir Cecchim está com a
palavra em Comunicações.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu até gostaria de
ter ouvido o conselho que a Ver.ª Sofia tinha me passado aqui, mas,
infelizmente, Vereadora, não ouvi. Certamente, era uma boa coisa vinda de
Veranópolis que a senhora teria me passado. Mas eu queria falar, Ver. Brasinha,
de um assunto muito importante do Colégio Uruguai. O Colégio Uruguai fica ali
no Parcão, em uma zona nobre de Porto Alegre, mas é uma escola estadual. É uma
escola estadual de Porto Alegre, numa zona nobre de Porto Alegre, mas nem por
isso deixa de estar abandonada. Há muito tempo essa escola está sem luz. Sem
luz, vê se pode, Ver. Tarciso? Uma escola quase no Centro de Porto Alegre, lá
no Parcão, não tem luz! Isso não é de acreditar! Eu vi uma propaganda do
Governo do Estado dizendo que reformaram 1.500 escolas, o que já é mentira. Se
fizer a conta, o Rio Grande do Sul tem 497 Municípios; certamente, mais da
metade desses Municípios não teve nem uma telha consertada nas escolas. Eu
duvido que tenha 1.500 escolas reformadas, pelo menos com uma telha reformada;
imaginem reformadas! Eu queria saber o que o Governo do Estado tem para dizer
sobre o Colégio Uruguai, que não consegue acender a luz, não consegue ligar a
geladeira para guardar a comida, a merenda escolar. O Colégio Uruguai, de que
estou falando, é aqui no Parcão. Não é em nenhum lugar distante, não; é aqui no
Parcão! E o Governo Tarso Genro faz uma propaganda de que reformou 1.500 escolas
no Rio Grande do Sul, mas não consegue consertar uma nas suas barbas, pertinho
do Piratini. Não consegue, ou não quer, ou é incompetente para arrumar. Isso é
uma vergonha!
Eu queria convidar, como eu convidei na semana
passada, para nós darmos uma olhada nas calçadas que foram feitas – e estou
falando das nossas calçadas, aqui, na frente da Câmara de Vereadores –, a Ver.ª
Sofia Cavedon, que se preocupa muito com a educação, para dar uma passada pelo
Colégio Uruguai, aqui pertinho. Não precisaríamos gastar gasolina de ninguém;
nós iríamos com o próprio carro, Ver. Tarciso Fecha Negra, ao Colégio Uruguai,
para ouvir das professoras estaduais a penúria que está o Colégio Uruguai.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Querido Ver. Idenir Cecchim, realmente, quando o senhor vai à tribuna,
eu sempre presto muita atenção, porque os seus objetivos sempre são muito
sinceros, muito honestos, enfim. Mas eu fui obrigado a fazer um aparte com V.
Exa. hoje porque vamos conversar e falar imediatamente com o nosso Secretário
Luiz Busato, porque ele é um Secretário do Estado, e tenho certeza absoluta de
que ele vai atendê-lo. Tenho certeza absoluta de que o Secretário tem
bom-senso, presta um bom trabalho no Estado, e as coisas boas, como eu digo, às
vezes é bom que apareçam. O nosso Secretário tem feito um bom trabalho no Rio
Grande. Tenho absoluta certeza que tem reformado muitos colégios, talvez esse
não; mas sou seu parceiro, vamos cobrar e vamos, imediatamente, falar com o
Secretário.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Tenho certeza que se for do Secretário Busato a responsabilidade, ele
vai arrumar, porém, imagino que deva ser da CEEE ou da Secretaria da Educação a
responsabilidade pelo atraso. Obrigado, Ver. Brasinha e tenho certeza que se o Secretário
Busato ficar sabendo, ele mandará dar um jeito nisso. Então, eu até vou parar
de falar nesse assunto pela solução que o Secretário Busato vai dar.
Agradeço ao Ver. Brasinha porque encerramos em um
bom tom. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Derly está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 3017/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 343/13,
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o título de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao senhor Rodolfo Carrion Lopes de Almeida.
PROC. Nº 3111/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 052/13, de autoria do
Ver. Alberto Kopittke, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à
Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 3117/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 349/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre
ao procurador de justiça Eduardo de Lima Veiga.
PROC. Nº 3176/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 053/13, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede a Comenda Porto do Sol ao Conjunto
Musical Os Serranos Ltda. – EPP.
PROC. Nº 3286/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 362/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que inclui o Espetáculo de Final de Ano do
Núcleo Comunitário e Cultural de Belém Novo no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31
de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o
Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses
Calendários e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, a ser
realizado entre os dias 10 e 20 de dezembro.
PROC. Nº 3287/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 363/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua Édison Antunes de Almeida o
logradouro não cadastrado conhecido como Beco Quatro – Estrada João Antônio
Silveira –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC. Nº 3385/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 048/13, que
estabelece abatimento na tarifa de água e isenção nas tarifas de esgoto cloacal
e pluvial aos imóveis atingidos pela enchente proveniente do rompimento do
dique do Arroio Feijó e do Arroio Gravataí, ocorrido no Município de Porto
Alegre, em 31 de agosto de 2013, conforme cadastro do Departamento Municipal de
Água e Esgotos (DMAE) constante no Anexo desta Lei.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, esta semana
temos uma Pauta densa que, nas próximas duas últimas semanas, Ver. Nedel,
enfrentaremos; são pautas densas e importantes. Certamente, nós não teremos
unidade em todas elas, na qualidade do debate, do diálogo e da possibilidade da
construção de saídas mediadas. Nós, em discussão de Pauta, temos um projeto do
Executivo – e falo dele aqui – que estabelece o abatimento, Ver. Kopittke, na
tarifa de água, isenção nas tarifas de esgoto cloacal e pluvial aos imóveis
atingidos pela enchente proveniente do rompimento do dique do arroio Feijó e do
arroio Gravataí ocorrido no Município de Porto Alegre em 31 de agosto de 2013.
Este é um projeto que, neste caso, está datado. E nós, hoje de manhã,
encaminhamos para que o projeto de V. Exa. seja tratado em reunião conjunta de
Comissões, possivelmente nesta quinta-feira.
Quero dizer que é muito pertinente falar com o Ver.
Airto Ferronato, o Vereador-Presidente, porque acho que nós temos que incluir
este projeto também na reunião conjunta, para votar este ano. Hoje de manhã, o
Ver. Airto não levantou esse tema na nossa reunião de Mesa e Lideranças.
E por que considero isso fundamental? Nós
acompanhamos a tragédia do povo da Zona Norte, em especial das comunidades do
Sarandi, do seriíssimo problema do dique, mas que assolou muitas vidas, sua
estrutura material, seu esforço de anos; a dificuldade óbvia do Município de
estar em todos os lugares – impossível naquela madrugada, uma madrugada em que
não chovia, a chuva não era esperada, mas essas duas importantes medidas – o
abatimento da tarifa de água e a isenção na tarifa de esgoto cloacal e pluvial
– são muito importantes porque hoje as famílias precisam de recursos
financeiros. O atendimento, aos poucos, do lixo, das calçadas, das vacinas, foi
desigual e combinado, mas foi chegando, assim como alimentos e roupas. Agora,
estruturar a sua casa, comprar o seu armário de novo, a sua cama, o seu sofá
destruídos, isso é responsabilidade, na minha opinião, do Poder Público, para
encontrar caminhos, alternativas. Este é um deles, e devemos votar com urgência
ainda este ano.
O Sr. Alberto
Kopittke: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Sofia,
agradeço muito pelo seu apoio ao outro projeto de nossa autoria, o que prevê a
isenção permanente para todos os moradores que sofrerem qualquer tipo de
catástrofe natural ou algum tipo evento como esse. É importante termos uma lei
genérica para que essas isenções também não sejam usadas como moeda de troca
política, em que os moradores são atingidos e, depois, eles têm que pedir para
determinada liderança política ou outra para terem essa isenção. Então, nós
achamos que, tendo em vista que normalmente essas catástrofes são pela falta de
prevenção por parte do Poder Público, nada mais justo do que uma previsão
permanente para que os atingidos por esse tipo de catástrofe na nossa Cidade, o
que, infelizmente, tem sido cada vez mais comum, já tenham essa isenção de
taxas. Eu agradeço muito a V. Exa. pelo apoio que tem dado a este projeto.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Obrigada. Eu entendi o espírito e acho correto mesmo, Ver. Alberto
Kopittke. Faremos reuniões conjuntas, queremos que seja uma regra, e, de fato,
uma regra que não exija, além das questões que V. Exa. colocou – de que não tem
que ter apelo, comoção, toda vez que ocorram tragédias –, mas também, Ver.
Kopittke, para que a Prefeitura tenha agilidade. Porque, vejam, já há mais de
um mês que aconteceu, e recém vem a lei. Então, nós teremos uma lei permanente
autorizando o Executivo, e, a cada momento que acontecer algum episódio, que
esperamos que sejam cada vez menos frequentes e menores, ela possa ser
utilizada.
Então, quero louvar este projeto, propor ao Ver.
Airto que já entre na reunião conjunta das comissões de quinta-feira, e que
possamos já entregar esse instrumento ao Município para que as famílias do
Sarandi possam superar a condição de tragédia que viveram com seus bens
pessoais. Parabéns ao Executivo, uma boa discussão para nós!
(Não revisado pela oradora.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, nesta Casa temos um assessor que estava de aniversário
ontem; um dos melhores, tradicionais, amigo, o Lauro, que ontem completou 74
anos de vida. Foi assessor do nosso querido Dib, do Ver. Pedro Américo, e mais
ainda: ele completa hoje 27.028 dias. Peço uma salva de palmas ao Lauro.
(Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Sr. Lauro ganhou, este ano, a medalha por 25 anos
de trabalho neste Legislativo. Parabéns, Sr. Lauro. Ontem, também estava de
aniversário o Elson Sempé, nosso fotógrafo. Parabéns, muita saúde e muitos anos
de vida, Elson!
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h50min.)
* * * * *